O SORRISO DO JUVENAL

Há muito tempo atrás, li em uma revista, uma crônica cujo autor já não me recordo, sobre um ¨causo¨ocorrido na ilha de Itaparica na Bahia. Contam que lá os animais, notadamente os jumentos viviam livres leves e soltos. Havia um, chamado juvenal que era o rei do pedaço. Traçava todas as da sua raça, vivia em total liberdade e libertinagem conforme só a tais criaturas é dado ser. Até que um dia, desembarcou na ilha outro jumento, mais novo, maior e lógico, mais potente. Esse então tornou-se a maravilha entre todas e distribuia sua vitalidade à larga. Tornou-se um insciável e um dia, sem menor cerimônia ¨traçou¨também o pobre juvenal. A partir daí, o desafortunado começou a andar pela ilha sozinho, desmoralizado e cabisbaixo. Estampava uma expressão mista de decepção e sorriso de dor, o que o deixava permanentemente com os dentes à mostra como se estivesse sempre alegre, satisfeito e sorridente.
Expressão parecida, vejo muito hoje em dia no rosto de muitos trabalhadores, que vêm seus salários cada vez mais defasados e corroídos, sua condição social em queda e suas esperanças indo por água abaixo, devido à crença cega de que políticos e apenas esses, resolveriam seus problemas. Não pararam para pensar que podem se organizar de outra maneira que é antiga e muito pouco colocada em prática na atualidade chamada união e conciência de classe. É preciso que essa prática secular seja retomada com urgência nas bandas de cá do rio Piracicaba. Que os trabalhadores voltem a ser livres e felizes. Voltem a sorrir de verdade e apaguem de vez do rosto o SORRISO DO JUVENAL.

VAMOS ÀS CONTAS OU FAZ DE CONTAS QUE...

Triste notícia lida hoje nos jornais. O Tribunal de Contas do Estado, aprovou as contas do govêrno Aécio Neves de 2009. Não seria de se estranhar, caso não houvessem sido apontadas irregularidades. São elas: 6,1 bilhões gastos com educação e 3,7 bi com a saúde, não foram efetivamente gastos como tal. Os auditores apontaram tais irregularidades, mas os conselheiros fizeram vista grossa. A diferença é que os auditores são profissionais concursados e portanto executam seu trabalho de acordo om a lei. Os conselheiros são de indicação política. Preciso dizer mais? E ainda vem o mocinho proferir discurso no Senado Federal falando em continuísmo do govêrno Lula. Se desmanchando em críticas infundadas e que lhe faltam cabedal para sustentá-las. Aécio Neves não possui condições de se manifestar em qualquer assunto no que diz respeito às manipulações políticas, compra de votos, manobras que tais, visto que é protagonista de tudo o que diz. Outro destino não é diferente com as contas do Carlos Moreira em nossa cidade. O triste é constatar que são aprovadas pelos vereadores, que deveriam ser maioria de apoio ao atual governo, que deveria ter feito uma auditoria no começo, que deveria tomar providencias cabíveis juridicamente, que deveria, que deveria...
Sendo assim, temos um cenário de ¨deverias¨ao invés de haver sido feito. Assim, o calote eleitoral permanece, os mesmos demagogos estão na mídia com as mentiras de sempre e vamos por aí.
E ainda temos o laico-edil-pastor. Continuo depois.

O ZÉ DE MURIAÉ

E aconteceu a partida de José Alencar. Costuma-se dizer muita coisa a respeito de quem parte e não vou fugir à regra. Queria ressaltar a importância e enorme contribuição desse mineiro para nosso país. É público e notório que sua influência e principalmente sua representatividade teve um peso enorme na execução do programa de govêrno do PT e por extenção, no desempenho de Lula na presidência. José de Alencar representava o "outro lado" que faltava para a concretização dos projetos dos trabalhadores. Ele entendeu perfeitamente qual seria seu papel na construção da história do Brasil contada a partir da eleição de um operário para a presidência, tendo um patrão como vice. Foi o único vice presidente da história republicana a marca presença em seu posto. Esse sempre será lembrado. São vários os traços marcantes de sua personalidade, mas destaca-se pela simplicidade e objetividade em encarar os problemas seríssimos herdados do govêrno anterior. A simplicidade que carregou consigo natural e sincera, como cabe ao bom mineiro. Será sempre lembrado por muitas coisas, mas em Muriaé, dirão com frequencia: aqui nasceu o Zé que foi vice presidente da República, o Zé de Muriaé.

E O SALÁRIO ...

O SINTRAMON, está em processo de negociação salarial com a Prefeitura Municipal de João Monlevade. Acontece porém, que a administração parece não estar dando a mínima para isso. Em reunião realizada semana passada, deu-se para perceber. O fato é que dão a transparecer que salário de servidor público, para eles, é irrelevante, já que nem sequer se deram ao trabalho de ler a pauta enviada ao prefeito. Em contra partida, as comissões e gratificações chovem. Mais triste ainda é saber que a atitude de conceder tais mimos, engrossa a folha de pagamento, reduzindo assim a participação dos verdadeiros interessados e os que mais trabalham. A expectativa que o servidor público de carreira tinha ao votar não era essa. O governo anterior usou e abusou dessas prerrogativas o que ocasionou um achatamento de salários e promoveu injustiça social no meio dos trabalhadores e trabalhadoras da prefeitura. É decepcionante constatar que não existe diferença entre aquele e este, pelo menos nessa área.  Sendo assim, vamos à luta...

BOM DEMAIS PARA SER VERDADE

Eu, na minha modesta esperança de brasileiro de estatura mediana, fiquei eufórico com a lei da ficha limpa.
Qual não é minha decepção ao ler hoje nos jornais que existe um pequeno senão. O presidente do Tibunal Superior Eeleitoral, disse que não será automática a aplicação da decisão. Diz que o STF autorizou os ministros a decidir individualmente os processos. Então, estamos assim: deputado amigo do tio da cunhada do ministro não será julgado nem impedido. Prefeito improbo, ladrão, quadrilheiro etc. não será sequer mencionado. Senador nem pensar. Na verdade, teremos apenas um faz de contas que somos decentes e indignados com a indecência dos acima citados e continuamos a eleger os celerados. O que me deixa indignado é o fato de qualquer cidadão comum não ter o mesmo tratamento em qualquer instância da justiça. Que aqueles que se dizem responsáveis de fazer com que as leis sejam cumpridas, abram espaços para que tenham uma desculpa ou respaldo qualquer para fazer com que tal não aconteça.  Só resta uma esperança: tentar eleger pessoas realmente compromissadas com o país, a ordem, a democracia, a justiça e pricipalmente, com a moralidade em todos os setores. Infelizmente, o honesto não traz tabuleta pendurada no pescoço e muito tatuagem na testa.

PÉ COM PALHA, PÉ SEM PALHA

Conta uma antiga piada de caserna (quartel militar), que um recruta não conseguia marchar no mesmo compasso que os outros de maneira alguma. Toda vez que havia ordem unida, isto é, treinamento para marchar como acontece nas paradas militares, o dito cujo fazia o contrário. Ou seja, a ordem de ¨direita, esquerda, direita, esquerda¨, quando se bate primeiro no chão com pé esquerdo, ele batia primeiro o direito e não havia maneira de educá-lo. Até que um dia um sargento descobriu uma maneira: amarrou uma palha no pé esquerdo do soldado e começou a ordem: PÉ COM PALHA, PÉ SEM PALHA  e deu certo. Nunca mais o recruta errou a ordem de marcha. Aoque parece, será preciso acrescentar esse ensinamento nas faculdades de medicina. Vide a recente troca de operação de joelho direito para esquerdo.
Abraços.

LEI DA FICHA LIMPA

Também ontem foi aprovada no Supremo Tribunal Federal, a Lei da Ficha Limpa. Não ficou como o esperado, visto que a Constituição Federal proíbe a retroação de leis que prejudiquem. Mas fica valendo para as próximas eleições, o que já é um alento para nós eleitores. Assim, vários candidatos serão impedidos de lençarem suas campanhas. Dessa maneira não adiantará usar microfones de rádios, falar mentiras, enganar, alto promover-se etc. A Lei prevalecerá. Fica aqui um alerta ao povo monlevadense de que nossos próximos candidatos deverão ser indivíduos de passado político limpo e ilibado. Serão previamente eliminados os aventureiros e enganadores. Está começando a ficar bom.